sábado, 13 de outubro de 2012

Capítulo 2: Novas Amizades

Ele segurou o skate em sua mão para começar a andar.
-Posso andar? - Ela perguntou animada e ele meio que se surpreendeu com a pergunta.
-Certeza?
-Eu sei andar. Tinha um skate na minha antiga casa, mas deve estar perdido na mudança.
-Não acho que seja uma boa ideia. E se você cair?
-Eu levanto, ué? Do chão eu não passo.
-Mas você pode se machucar e eu vou me sentir culpado.
-Me da isso aqui. - Ela pegou o skate da mão de Pedro.
-Pera aí Roberta! - Ele gritou quando ela colocou o Skate no chão o prendendo em seu pé e ela o olhou.
-Você tá com medo de eu quebrar seu skate?
-É claro que não. Só não quero que você se machuque.
-Eu não vou me machucar.
-Tá. Vai só até a esquina, ok? - Ele disse cruzando os braços.
-Ok. - Roberta disparou dando empulso com o pé esquerdo.
Pedro nunca disse a ninguém, mas gostava de garotas desse tipo. Assim, skatista, solta e animada. Carinha de patricinha e maloqueira.
Roberta foi até a esquina e voltou com um sorriso de orelha a orelha.
-Nossa, valeu. Estava morrendo de saudades de andar de skate. - Ela lhe estendeu o skate. - Eu morava em um condomínio onde era proibido andar de skate.
-Eu acho que nesse caso não seria um condomínio. - Ele pega o skate e o coloca no chão. - Acho que o termo certo seria prisão.
Roberta riu da piada de Pedro. E que sorriso.
-Melhor nós irmos indo. Acho que estamos atrasados.
-É. - Roberta concordou pegando sua mochila que tinha dado para pedro segurar, para poder andar melhor. - Então... - Ela diz tentando puxar assunto enquanto andava. - Onde você mora?
Pedro a aconpanhava andando devagar em seu skate.
-Do seu lado.
-Sério? Logo no meu primeiro dia nessa casa já fiz amizade com o vizinho e nem sabia. - Ele sorriu.
-Você é de onde?
-De Florianópolis.
-Legal. Por que se mudou?
-Meu pai foi transferido.
-Hum... De que série você é?
-Do segundo.
-Eu também.
-Então parece que se você cair na mesma turma que eu, vamos estudar juntos.
-É.
Andaram mais um pouco em silencio até que Roberta resolve quebrá-lo.
-Esse silencio tá me matando.
-Gosta de música?
-Acho que a pergunta certa seria: quem não gosta de música?
-Que tipo?
-Obviamente Rock.
Pedro pega os fones que estavam pendurandos em sua camisa, e colocou um em sua orelha e entregou o outro a ela.j
-Vou colocar uma música.
-Qual?
-The pretender do Foo Fighters.
-Eu adoro essa musica.
Ele pois play na musica. Continuaram a andar em silencio só escutando a música.
-Você é baixinho. - Ela disse simplesmente o olhando sorrindo.
-Eu sei disso. Não precisa jogar na cara. - Ele cruza os braços. - Mas ainda sou mais alto que você.
-Não gosto de garotos muito altos de qualquer modo. - Ela volta a olhar para frente sorridente.
Ele a olhou meio que não entendendo. Todas as garotas gostam de caras altos.
-Você é uma garota bem difernte. - Ele voltou a olhar para frente dando um empulso no skate com o pé esquerdo.
-Eu sei disso. Não precisa jogar na cara. - Sorriu imitando a frase de Pedro.
-Você toca algum instrumento?
-Sim. Toco piano.
-Eu toco violão e guitarra.
-Legal. To aprendendo a tocar violão.
-Eu posso te ajudar se quiser.
-Acho que não. Se eu disser a minha mãe: Estou indo a casa do meu vizinho pra ele me ajudar a tocar violão. Ela vai dizer: É seu namorado? Leva preservativo, hein?
-LEVA PRESERVATIVO?! - Ele se espantou
-É. Minha mãe é assim. Ela é louca.
-Leva preservativo?! - Ele continuava indignado.
-Ela viaja, Cara. Não fica falando isso. Me deixa envergonhada.
-Foi mal. É que, isso é estranho. Ainda mais sua mãe falando isso. Deve ser constrangedor.
-E é. Tenho vontade de enfiar a cabeça no chão de tanta vergonha. - Ela diz um pouco corada.

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